sexta-feira, 29 de abril de 2011

Árvore de Veneza


Eu sou sozinha.
Poucos me olham enquanto passam pela rua,
Esbarram em mim, mas não me notam.
Se notam, foi pelo encontrão.

Eu não sou bela.
Sei que sou um pouco diferente dos demais,
Alguns até me vêem com bons olhos,
Mas eu sei que não agrado.

Eu não avanço.
Eu não me movo, não saio do lugar.
Fico parada, meses e meses, pensando no que fazer,
Em como agir, quem procurar, quem amar.

Eu sofro.
Pela solidão, pela falta de atenção, pela não evolução.
Meu destino é seguir parada pela eternidade, atrapalhando o vento,
Tentando crescer e me tornar algo diferente.

Eu não dou frutos, não tenho cor.
Defeitos que me tornam única em meio a todos da multidão.
Dor que me faz pensar se vale a pena ser assim, não mudar, não amar.
Dor que já não me muda, pois já me acostumei a senti-la.

Eu vi uma árvore solitária em Veneza.
Chorando na solitude da nevoa.
Não sei se vi a árvore,
Ou ela viu a mim.

quinta-feira, 28 de abril de 2011


Tudo
    é tão efêmero,
      tão curto, tão fugaz ,
       tão vazio em seu propósito
         que quando se enxerga já não existe mais.
            A felicidade nada mais é do que a negação do estado primitivo.
               Nada é eterno, nada é vivo. Somos belas imagens que aqui brincam,
                    teimam, lutam e se consomem. A vida é uma ilusão, tudo uma grande
                     ilusão, um único momento, um infinito segundo, um grão no oceano
                        das eras. Simples e complexo, etéreo e palpável. Uma nuvem que se
                       desmancha ao vento, voltando as inúmeras possibilidades de sua forma.
                        Uma solitária bolha que nasce, brilha, reluz e engana, explodindo em seu
                              ápice, desistindo do que um dia já fora. O ínfimo mente, possui inicio,
                                 meio e fim, mas não dura o momento. Carpe Diem. Aproveite a vida,
                                              grite, ame, chore, sinta, pense, veja, respire, divirta-se, VIVA.
                                                                 Minimize arrependimentos. Lute pelo que te faz feliz.
                                                                                 Dê sempre mais uma chance para seu coração,
                                                                                                          esqueça as dores, busque sua paz,
                                                                                                                        pois nesse estranho mundo
                                                                                                                                    tudo é efêmero, tudo
                                                                                                                                                              se desfaz.
Vou me embora para Uberaba,
Lá sou amigo do Lei;
Terei a mulher que amo,
Na cama que escolherei;
Vou me embora para Uberaba...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Who is Jack?


morto com o frio do universo
sem movimento sem emoção
nada no paralelo do encontro da perdição
sem motivo
vida perdida de algo que não ama
negro e frio
como o vazio como o choro
meu único propósito é não existir
coração que não bate em nenhum ritmo
im jacks broken heart

Uma sombr do qu já foi
Alma que sqeceu de si
A qual nm sabe ond está
Menos sabr é mens dor
Perdida ond não se pode encontrr
Nesse infnito desesprador
Mundo pífio para alg qe não vlta
Cruel relidade qu se jga na alma
 I’m Jck’s lost soul.

O quE NÃo sE EnteNDe, PErtUrba
LimiTe FaCIlmentE TRAnsPoSto
Da fACa Ao PeitO
LoUcuRa teNRa qUe mE AbrAÇa
FiNALmenTe reSpoNdENDO miNHas IndaGAÇões
Me TraZeNDo A mAiS caLMa agoNIA
TorNA O pâNICo mInHA MoRaDA
ReaL cOMo MInha MenTE INQuietA
I’M JAcK’s cRaZy mINd.

Na vida se tem incertezas,
Morte Amor? Futuro?
Encontrei nada do que procurava
Minha procura se resumia a não achar respostas.
Paz. calma, tranqüilidade.
Eu descobri que não ter perguntas é a verdade
Então é sem perguntas que se deve viver.
Morri e finalmente vivi mais do que nunca.
I’m Jack’s dead body.

Toca o sino do Caronte

O sino tocou e mais uma viagem pelo Aqueronte se inicia, chegando as portas do Mundo Inferior, deixando infinitas almas frente a Cérberus. Das inúmeras almas que do barqueiro necessitam, umas conversam, outras relutam, outras esquecem, mas todas tem uma historia, todas tem um "por que". O barqueiro está ali, para ouvi-las, entendê-las, respeita-las, mas nunca ampará-las, apenas as leva de um lado ao outro, colecionando todas as historias que lhe convém.

O sino tocou, o barco vai zarpar. O Caronte o convida, você irá acompanhar?