quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tempo pt1

A excitação, o começo, a novidade
Tudo simplesmente brilha
É o novo rumo que se trilha
A caminho da felicidade
Não se vale nem de tempo nem de idade
Se vale da verdade a que encara;
Do sino que se ouve, da terra que se move
Da certeza que se tem, do bem que se prove
Não há maior alegria, nada se compara
O amor se cria e o tempo então para.

O sublime, o mágico, o desenlace
O perfeito se mostra real
Capaz de superar todo e qualquer mal
Onde se apanha e se da à outra face
Onde se supera qualquer destino que se trace
Onde nada pesa mais na balança;
Não se tem dúvida, não se tem medo
Não há mistério nem segredo
Não há perjúrio ou cobrança
O amor continua e o tempo avança.



A continuação, o banal, o cotidiano
O amor naturalmente se acostuma
Não se desenvolve nem se apruma
Mas ainda é amor, sem engano
Ainda é vivo, maior que o oceano
Tornando válida sua espera;
Porém a incerteza ronda a esquina
Como dor que aparece e lancina
Mas sabendo que a tudo supera
O amor perdura e o tempo acelera.







O fim, o termino, a morte
O eternamente cai e chora
A tristeza vem sem demora
Causa no peito um grande corte
Deixando sem rumo, sem norte
Sem porto-seguro, sem escolta;
O perfeito não tem mais harmonia
O declínio sufocante na doce agonia
A prisão de amarras das quais nunca se solta
O amor enfim morre, mas o tempo não volta.

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